Ele estava online e não me respondeu. Meu coração foi na boca. Um tremelique tomou conta do corpo e eu tive uma dor de barriga imediata. Doeu. Aquilo realmente estava acontecendo. Ele estava me dando um bolo. Quando escrevi não, ele me ligou. Falou que queria me ver e eu disse que esperaria ele.
Meu coração batia forte e vazio. Meu peito doía tanto que nem sei. Fiquei me perguntando a máxima: “e se eu tivesse feito diferente”. E o problema era que fazer diferente não garantia um resultado diferente.
O melhor era encarar a verdade. Era aquilo e pronto. Era mesmo um bolo. Um perdido. Ele estava me trocando. Joguei no Google, o que fazer quando a gente recebe um perdido. Nada de útil. O que fazer quando ele te dá um bolo. Alguma psicóloga escreveu: não dê um salto por quem não dá um passo por você.
Aquilo doeu.
Mandei mensagem, não respondeu. Eu liguei. Meu Deus, que louca eu pensava. Sou dessas que vão atrás. Eu só queria mesmo ter certeza. Ele não atendeu.
Depois de uns 15 minutos me respondeu dizendo que não ia dar e que ele iria para casa.
Enquanto alguém lá dentro gritava que era mentira, que é isso que as pessoas fazem quando dão perdidos. Outro alguém se perguntava se era tudo paranoia. Corri pesquisar no Instagram se era verdade. Não achei resposta mas me senti uma louca. De novo.
O tempo passava rápido e devagar.
A habilidade que aquele cara tinha de mexer comigo em tão pouco tempo me assustou. Será que a gente não deve se envolver?
Será que existe um cara certo?
E a pior pergunta da noite: Será que o problema sou eu?
E aí é daquelas noites em que você dorme com o coração partido.