Ela precisava de coisas rasas porque as que passavam metros abaixo de seus pés a amedontavam. Era como aquele dia na piscina em que quis ver o fundo e nunca mais voltou. Até tiraram-na da água, mas ela mesma nunca mais saiu de lá. Se fechasse os olhos conseguiria ver os corpos distorcidos através do filtro da piscina. Guardou como recordação a sensação de olhar do fundo e não poder se mover. Ainda assim, ela sofria. Se eu mergulhar, quem vai me tirar da água turva para a qual os seus braços me puxam?
Quando criança tinha mania de mergulhar e observar as formas lá do fundo. Quando dormia, sonhava que não precisava respirar e ficava lá, o fundo convertido em casa
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Forte e sensível. Bjos
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Até hoje não mergulho, tenho pavor rsrsr. Gostei Daniela, bjs
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Hahaha… super te entendo!!! Ebaa!!! Que bom que gostou! :) Beijooosss!!!
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