Cada passo calculado com cuidado
Suas palavras, todas elas tão medidas
As mãos escondidas nos bolsos blindados
Abraços maliciosamente malogrados.
Cadê a iniciativa para deixar
de ser um amigo, só mais um amigo
e virar de verdade meu ser amado?
Tenho medo que ao abrir o meu coração
pequeno e sensível, tu me deixe só
e todo o amor que existe seja em vão.
Não há razão portanto para que eu lhe diga
Sobre o que eu sinto ou do que é, por certo, seu
Xeque-mate, anuncia o fim desse jogo,
e a rainha sou eu.